terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Gata Com Cio II

Isto de ser dona de estimação de uma gata com o cio não é fácil.
Ela desaparece, ela volta e volta acompanhada pelo seu namorado, um gato branco e gordo.
Não haveria problema se ele não se pusesse a miar em cima do meu telhado. Ele, tal como ela, não mia. O miar dele é mais um uaaaaaaaai... parece que está a falar inglês. Se calhar é um gato inglês e diz why, em vez de miau. Ou então o why? é para mim, a questionar-me porque aprisionei a sua amada, ou ainda um why? de porquê a mim? porque me fui apaixonar por uma donzela que foi feita prisioneira da terrível humana?
Mas os miados dele não são o que mais me incomoda. O pior é ver uma bola de pêlo branco a ter a ousadia de entrar em minha casa e nem sequer se mexer quando o mando embora. Já não há respeito pelos dragões que prendem as princesas... sinceramente... só lhe faltou rebolar-se no chão para lhe fazer festas.
Para dizer a verdade, dá-me dó o mafarrico do gato. A minha menina, que é cega de um olho, tinha que encontrar um noivo deficiente, não é? É que tem as orelhas cortadas, o pobre bichano... estas coisas partem-me o coração...

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