quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Idade do Armário e Idade do Gelo

Este diálogo teve lugar ainda há pouco, ente mim e a minha colega C. É o que dá falar com colegas depois do trabalho. Os neurónios já não estão bem... e foi mais ou menos isto:

Eu- A minha gata agora enfia-se no roupeiro e nas gavetas. Não acho normal!

C- O meu falecido Pantufa (1) fazia o mesmo.

Eu- Há uns que saem do armário. Estes entram...

C- Sim. Os gatos devem ouvir tanto falar em idade do armário que devem pensar que têm que entrar no armário porque estão na idade do armário...

Eu- Ainda bem que não é a idade do gelo, eh eh.

C- Ah, então é por isso que o Barnabé (2) entra para o frigorífico...

Eu- Hã?

C- Siiiim... Helloooo!

Eu- Ah pois, está na idade do gelo! Deve estar em brasa!

C- Se fosse o Pantufa a entrar para o frigorífico, assim que lá tocasse com os tomatinhos saía fumo!

Eu- Acho melhor irmos dormir que esta conversa é mesmo de gente bêbada de sono...

C- Imagina o meu Pantufa, 'tadinho, a deitar fumo dos tomatinhos...

E depois despedimo-nos.

(1) Pantufa- Falecido gato da C. O gato das 14 vidas, que teve uma data de doenças, desde pneumonia a bronquite, infecção urinária e equizemas, passando por doenças sexualmente transmissíveis. Era o gato mais fodilhão da espécie, dono do território lá da terra e deixou filhos que nunca mais acabam, acabou por morrer de coração ou insuficiência respiratória.

(2) Barnabé- Actual gato da C, que entrou lá em casa como quem não quer a coisa, mijou no bidé como o falecido Pantufa costumava fazer, acharam-lhe piada e foi adoptado pela família. Suponho que deve ser filho do falecido e que o deve ter andado a observar nos dias que antecederam a sua morte, para agir como ele e ficar com o lugar que lhe cabe por herança.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O Que É Mesmo Difícil...

Diz que a vida é difícil, diz que a vida não está fácil, estamos em crise, é difícil aguentarmo-nos, é difícil juntar dinheiro, é difícil encontrar um homem decente, é difícil comprar um casa, um carro é difícil estudar, é difícil, etc e tal.
Eu digo o que é difícil. Difícil é tentar pintar as unhas com uma gata a pedir festas e a roçar-se nas nossas mãos. Isso sim, é extremamente difícil... Mas consegui, portanto, o resto será relativamente fácil, impossível, poco provável ou mesmo impensável.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Alto no Céu da Boca

Um dia destes apareceu-me um alto no céu da boca, fenómeno derivado da degustação de vários rebuçados. O céu da boca já não é criança e, para além de cortes apresentou-se com um alto.
Diz que há altos no céu da boca. Eu não acho. Se está no céu da boca e é um inchaço que está virado para baixo, então não é um alto, mas sim um baixo. Eu tenho, portanto um BAIXO no céu da boca.
Tipo estalactite... não sei se estão a ver a ideia.
E esta é a minha opinião sobre os altinhos no céu da boca, que afinal não são altinhos, são baixinhos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Gata Com Cio II

Isto de ser dona de estimação de uma gata com o cio não é fácil.
Ela desaparece, ela volta e volta acompanhada pelo seu namorado, um gato branco e gordo.
Não haveria problema se ele não se pusesse a miar em cima do meu telhado. Ele, tal como ela, não mia. O miar dele é mais um uaaaaaaaai... parece que está a falar inglês. Se calhar é um gato inglês e diz why, em vez de miau. Ou então o why? é para mim, a questionar-me porque aprisionei a sua amada, ou ainda um why? de porquê a mim? porque me fui apaixonar por uma donzela que foi feita prisioneira da terrível humana?
Mas os miados dele não são o que mais me incomoda. O pior é ver uma bola de pêlo branco a ter a ousadia de entrar em minha casa e nem sequer se mexer quando o mando embora. Já não há respeito pelos dragões que prendem as princesas... sinceramente... só lhe faltou rebolar-se no chão para lhe fazer festas.
Para dizer a verdade, dá-me dó o mafarrico do gato. A minha menina, que é cega de um olho, tinha que encontrar um noivo deficiente, não é? É que tem as orelhas cortadas, o pobre bichano... estas coisas partem-me o coração...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Gata Com Cio I

Diz que Janeiro e Fevereiro são meses de gatas com cio. Cá por casa não foi diferente.
A minha animal de estimação, com aproximadamente 8 meses (não sei ao certo porque estava abandonada na rua, mas a veterinária acha que é mais ou menos 8 meses), está com o cio.
Assim que lhe apareceu, nem me deu tempo de a levar ao veterinário a fim de a esterilizar (e quando digo a palavra esterilizar, só me vem à cabeça um tacho de água a ferver e a gata lá dentro, a ser esterilizada, como se fazia às chupetas na minha infância...), ou mesmo dar-lhe a pílula, ou qualquer outra coisa que impeça a minha casa de ficar cheia de gatos bebés a mijar em todo o lado e a miar de noite. Nem deu tempo. Pirou-se logo e foi para a má vida, digo eu, que não sei o que andou a fazer durante uma semana na rua.
Voltou, ainda com o cio, ainda a aiar em vez de miar. É que não diz miau, diz aaaaaiiiiiiii... mas isto não é o pior. O pior é que tenho todo o cuidado de lhe dar comida de gato, que deixa logo o pêlo muito mais macio e não corro o risco de ter que ir com ela a correr para o veterinário porque tem uma espinha entalada em qualquer sítio... sim, nesse sítio mesmo que estão a pensar. Por isso a minha gata parece um boneco de peluche... tão maciazinha, tão fofinha...e agora veio-me da rua com um esfregão palha d'aço colado ao corpo. Até arranha fazer-lhe festas, Jesus!
Mas isto ainda não é o pior. O pior mesmo é que não sei se está grávida ou não e nem sei se se pode fazer um aborto a uma gata...
Por enquanto está de castigo, fechada em casa, a aiar, até que lhe passe. De seguida iremos desparasitar e esterilizar e depois... o pior dos castigos para qualquer felino que se preze: BANHO!